O presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Jerônimo Rodrigues da Silva, participou nessa sexta-feira, 31/5, do seminário “Presente e Futuro das Universidades e Institutos Federais”. Palestrante do painel “Perspectivas das Universidades e Institutos Federais”, ele relembrou o início da Educação Profissional e Tecnológica no Brasil e a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, em 2008.
Jerônimo explicou que a expansão da Rede foi rápida, porém necessária e que a evolução do modelo de ensino pode ser acompanhada na Plataforma Nilo Peçanha (PNP). “De 2011 a 2014, chegamos a 321 unidades, espalhadas por 275 municípios. Hoje temos mais de 600 unidades que atendem um milhão de estudantes. Esses números não são ainda melhores por questões de orçamento”, afirmou.
Depois de apresentar um panorama detalhado da Rede e ressaltar sua missão de levar educação gratuita e de qualidade para locais que não tinham acesso ao conhecimento e à pesquisa, Jerônimo esclareceu que, desde 2015, os dirigentes lidam com uma defasagem de recursos e investimentos.
“Precisamos trabalhar na consolidação e expansão da Rede, pois levamos cidadania, transformamos vidas e ajudamos muitos a se emanciparem. É imprescindível que o governo atual compreenda que somos uma malha positiva de desenvolvimento humano e do País. Entendemos o cenário econômico, mas precisamos manter o funcionamento básico de nossas instituições”, declarou.
O reitor do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), Júlio Xandro Heck, acompanhou a exposição do presidente do Conselho.
A temática que contou com a participação do presidente do Conif foi apresentada pelo professor Gil Vicente Reis de Figueiredo, da Associação de docentes da Universidade Federal de São Carlos (ADUFSCar). Segundo Figueiredo, a continuidade da vigência da Emenda Constitucional nº 95 (teto dos gastos públicos) tende a inviabilizar o funcionamento das universidades e institutos federais, colocando em risco a formação de profissionais qualificados e reduzindo significativamente a pesquisa e a produção do conhecimento no Brasil.
Os outros painelistas foram Rui Vicente Oppermann, da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), e José Vicente Tavares dos Santos, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
O seminário, encerrado sábado, 1/6, reuniu pesquisadores e especialistas em educação de vários Estados brasileiros com o intuito de debater o futuro das instituições federais diante do cenário de contingenciamentos orçamentários e incertezas sobre a política educacional no País.
O evento foi promovido pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação) e pelo Sindicato Intermunicipal dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande do Sul (ADUFRGS Sindical), na sede desta em Porto Alegre.
Seminário – O evento “Presente e Futuro das Universidades e Institutos Federais” foi aberto oficialmente na quinta-feira, 30/5. As discussões da manhã de sexta-feira giraram entorno do tema “A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Reforma do Ensino Médio: impacto para a formação de professor”. Sábado foram apresentados os painéis “Plano Nacional de Educação (PNE) – Avanços e recuos” e “Liberdade para Ensinar e Aprender”.
Foto: Ascom/Sindicato Intermunicipal dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande do Sul (ADUFRGS Sindical)
Bárbara Bomfim
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