A TV Globo recebeu, na terça-feira, 2/7, o troféu do 1º Prêmio Conif de Jornalismo. A emissora conquistou o primeiro lugar na categoria televisão com a reportagem “Novos sinais em Libras são criados para retratar obras históricas em Congonhas”, que foi exibida no telejornal MG2, em 5 de outubro de 2018.
Produzida com o apoio da assessoria de imprensa do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), a matéria abordou um projeto do campus Congonhas, coordenado pela tradutora e intérprete de Libras Milene Cristina Barbosa Silva. A pesquisa desenvolveu um conjunto de sinais em Libras, até então inexistentes, para que os surdos pudessem compreender melhor as obras barrocas de Aleijadinho presentes no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos.
O troféu foi entregue pelo reitor do IFMG, Kléber Gonçalves Glória, para o diretor de jornalismo da Globo Minas, Marcelo Moreira, na sede da emissora, em Belo Horizonte. Toda a equipe de profissionais que atuou na produção e realização da reportagem recebeu certificados como participantes do prêmio. A responsável pela inscrição foi a produtora Talita Nunes. Também foram premiados a produtora Cristina Mara, o repórter Danilo Girundi, o cinegrafista Gláucio Nogueira, o editor de texto Aluísio Marques e o editor de imagem Xiko César.
“Há quase três anos, tenho contato com pessoas surdas. E isso me ajudou a conduzir a reportagem, por isso, ela acabou ficando leve, bem bacana. O projeto foi um diferencial para ampliar a experiência dos deficientes auditivos. Nós até colocamos isso como o fio condutor da reportagem. Mostramos como todo o trabalho do IFMG foi importante para que eles aprendessem a história da própria cidade, que também é a história deles”, contou o repórter Danilo Girundi.
Já a produtora Cristina Mara explicou como foi iniciada a realização da reportagem. “O primeiro momento da produção foi a partir do release enviado pelo IFMG. Então, a gente visualizou que ali tinha uma ótima matéria. Fizemos contato com a assessoria de imprensa, vimos que realmente tinha uma história, que era essa nova linguagem para contar os personagens de Congonhas, os profetas de Aleijadinho. E precisamos investir nessa questão da linguagem de sinais, mostrar como isso é importante. Quando a servidora dá um passo assim, ela está exatamente abrindo espaço para que essas pessoas sejam vistas”, declarou. A marcação das entrevistas foi tranquila, os assessores do IFMG ajudaram muito, porque tudo é um trabalho conjunto. A produção tem que pensar em aspectos logísticos, horários e tudo fluiu muito bem. O resultado tá aí: uma matéria que ganhou prêmio nacional”, completou.
Na entrega do prêmio, também participaram o diretor-geral do campus Congonhas, Joel Donizete; o diretor de Comunicação da Reitoria, Renan Ramos; os jornalistas Joarle Magalhães e Lorena David, que atuaram no trabalho de assessoria de imprensa; a tradutora e intérprete de Libras, Milene Silva; e o relações públicas da Reitoria, Alessandro Almeida.
Segundo Milene, o projeto contou com o envolvimento de surdos que nasceram ou vivem em Congonhas e na região e teve o objetivo de promover o acesso e a inclusão dessas pessoas nos ambientes culturais e históricos do município.
“Quando a reportagem foi exibida na televisão, eles ficaram muito felizes e começaram a ser procurados por outros surdos que ficaram interessados em conhecer a cidade e as obras do santuário. Ficaram muito orgulhosos de estarem aparecendo na Globo”, revelou.
Sobre o prêmio – A primeira edição do Prêmio Conif de Jornalismo, promovido pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), fez parte das comemorações do aniversário de 10 anos dos Institutos Federais, completados em 29 de dezembro de 2018. O IFMG é integrante do Conselho, que tem sede em Brasília e possui outras 40 instituições vinculadas.
Jornalistas de todo o País participaram e concorreram nas categorias impresso, rádio, televisão e internet. Os vencedores foram escolhidos com base nos critérios de adequação ao regulamento, ineditismo/originalidade, criatividade, contextualização social, imparcialidade, profundidade/abrangência, relevância, linguagem, humanização, utilização de dados e fontes oficiais, e contribuição para a divulgação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. O responsável pela inscrição da reportagem vencedora recebeu o valor de R$ 8 mil.
Veja a reportagem sobre a premiação veiculada pela TV Globo.
Com foto e informações da Assessoria de Imprensa do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG).
Bárbara Bomfim
Assessoria de Comunicação
Conif
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