Criar propostas que têm impacto em mais de uma área da instituição é a essência do termo Projetos Multimpactantes. O conceito foi explicado pelo representante do Instituto Superior de Engenharia (ISEP) do Instituto Politécnico do Porto (IPP), Carlos Fernando da Silva Ramos, que apresentou uma oficina no último dia da 43ª Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec).
“Se, por exemplo, o objetivo for fomentar a mobilidade de estudantes, podemos lançar um projeto correlacionando às áreas de pesquisa e desenvolvimento, internacionalização, bem como ensino e aprendizagem. Já temos muitos casos na Europa em que esse modelo obteve bons resultados. É uma maneira também de constituir laços fortes entre as instituições e os países”, explicou o docente.
Carlos Ramos detalhou duas iniciativas europeias que podem ser instrumentos de internacionalização da Rede Federal: Horizonte 2020 e Erasmus+. O primeiro é o principal programa da União Europeia (EU) voltado para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e tem 35% do seu orçamento destinado a estudos sobre mudança climática. O segundo apoia a educação, a formação, a juventude e o desporto e terá os recursos duplicados nos próximos anos. “Em 30 anos o Erasmus+ impactou nove milhões de pessoas no mundo”, disse.
O palestrante falou ainda sobre o Projeto Lapassion – que tem o propósito de transferir para a América Latina a boa prática desenvolvida na Europa. As atividades do projeto foram iniciadas em abril de 2018 com a participação de estudantes dos institutos federais.
Os parceiros atuais do programa são o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e os Institutos Federais do Amazonas (Ifam), do Maranhão (IFMA), de Goiás (IFG), do Triângulo Mineiro (IFTM) e Sul-rio-grandense (IFSul).
Propicie – A Assessora de Assuntos Estratégicos e Internacionais do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Raquel Cardenuto, apresentou o Programa de Cooperação Internacional para estudantes do IFSC – o Propicie.
Ela explicou que a ação teve início com uma parceria entre a instituição catarinense e o IPP e já atendeu mais de 130 participantes. “É uma iniciativa em que a mobilidade é voltada para a participação dos discentes em pesquisas, é mais flexível. É uma experiência que traz muito retorno para nosso instituto e consolida nossa relação ao redor do mundo”, pontuou.
Dupla titulação – A segunda parte da oficina foi apresentada pelo diretor da Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) do IFSC, Rubipiara Cavalcante Fernandes. O professor falou do Programa de Dupla Titulação adotado pela instituição mediante acordo com o ISEP.
A dupla titulação se refere ao ato de obter dois diplomas no período de um único curso, um pela universidade brasileira e outro pela instituição conveniada no exterior.
Bárbara Bomfim
Assessoria de Comunicação
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